tag:blogger.com,1999:blog-28704343464209843892024-03-13T03:15:07.613-03:00DolmexicaEntre sem bater.Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.comBlogger105125tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-55342357366305017252024-01-05T16:25:00.004-03:002024-01-05T16:27:43.667-03:00Board Game de 2023:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6x940krV-EjHmiEsLmRd42oSz0rGqjA-RYkkGIJY3xIvJiF4NoiZIPl1VOy-SkE3ybjPwVPsBAUjX19n_MAm4iRwASFNIzGVF9mjJCWwWQWJTLjhMsgMLa0nG_iS229efBfNfQwGilGVoh83YrPY1ZLgcwrWpRTB52BWtCZcCzxyBxdD4R5Bz6AdJgjE/s2000/John%20Company.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2000" data-original-width="2000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6x940krV-EjHmiEsLmRd42oSz0rGqjA-RYkkGIJY3xIvJiF4NoiZIPl1VOy-SkE3ybjPwVPsBAUjX19n_MAm4iRwASFNIzGVF9mjJCWwWQWJTLjhMsgMLa0nG_iS229efBfNfQwGilGVoh83YrPY1ZLgcwrWpRTB52BWtCZcCzxyBxdD4R5Bz6AdJgjE/s320/John%20Company.png" width="320" /></a></div><p></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-72786061511115083392024-01-04T20:53:00.001-03:002024-01-04T21:06:06.972-03:00Educação<p style="text-align: justify;">Assim como os livros fáceis não são porta de entrada para os livros difíceis, nem os filmes fáceis porta de entrada para os filmes difíceis, pois tudo o que é difícil exige educação por parte dos leitores e consumidores, os jogos contemporâneos não são porta de entrada para os jogos de outrora, que rodam em máquinas obsoletas e trazem mecânicas que, via de regra, foram aperfeiçoadas com o passar dos anos. Os jogos antigos são como as obras antigas oriundas de outras mídias, de outras linguagens. Eles também exigem educação.</p><p style="text-align: justify;">É fundamental que as gerações futuras sejam educadas quanto às formas de se jogar jogos antigos para que esses jogos possam ser preservados. Jogos antigos, em suas edições originais. Enquanto que remakes podem trazer públicos novos a conceitos ultrapassados, ainda assim há uma distância entre eles e os originais. Remakes são sempre releituras, obras adaptadas às sensibilidades de seu próprio tempo. Os originais carregam outras bagagens: contam uma outra história, retratam uma outra cultura, desnudam uma outra sociedade, ensinam uma outra etapa evolutiva da ludologia. </p><p style="text-align: justify;">Sim, é difícil convencer alguém acostumado às mordomias dos smartphones a se adaptar aos loadings e disquetes de um TK ou de um MSX. É difícil ensinar alguém acostumado a baixar jogos num instante a instalar manualmente um Prince of Persia ou um Caesar no sistema operacional DOS. É difícil explicar para alguém acostumado a ver setas apontando o caminho o tempo todo que, no The Bard's Tale, ele não só tem que achar o caminho por conta própria, como deverá desenhar seu próprio mapa em papel quadriculado para realizar tal feito.<br /><br />Tudo isso é difícil. Exige treino, esforço, muita boa vontade... Enfim, exige educação. Mas tudo isso também pode ser satisfatório, pois exercita o cérebro de maneiras diferentes, e, consequentemente, estimulantes. E tudo isso também pode ser revelador, pois dá acesso não só aos caminhos trilhados, como também aos que não foram trilhados pelos editores, designers, programadores e jogadores que compuseram os ecossistemas criativos posteriores. Sempre que pudermos, e o próximo estiver disposto a aceitar, eduquemo-lo quanto ao passado dos jogos. Nós estaremos abrindo para ele uma janela com vista a outros patamares de interação e diversão, e abrindo portas para o futuro dos videogames. Não há futuro sem passado, não há passado sem educação.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-20118283686428115722024-01-03T11:21:00.000-03:002024-01-03T11:21:29.246-03:00Game de 2023:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKvqh5psHWre7zrAlSTaqNnGWXeY4D4YDZRJgLZVLnDcBmtLfETYk9U7NG_wTQ6RDIFZiQBl-MYtmLFfZZftQJOGM3tvhpSsRmLPHcGwifoObzwCHq8c1PpfGGX20KWXygVla6xGLSkiTO1NN33OPvt6zLr3VJELymAo75jijlw36K_TmcceKNue_eNfM/s843/Incidente%20em%20Varginha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="843" data-original-width="717" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKvqh5psHWre7zrAlSTaqNnGWXeY4D4YDZRJgLZVLnDcBmtLfETYk9U7NG_wTQ6RDIFZiQBl-MYtmLFfZZftQJOGM3tvhpSsRmLPHcGwifoObzwCHq8c1PpfGGX20KWXygVla6xGLSkiTO1NN33OPvt6zLr3VJELymAo75jijlw36K_TmcceKNue_eNfM/s320/Incidente%20em%20Varginha.jpg" width="272" /></a></div>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-63000777583525970432024-01-02T12:13:00.005-03:002024-01-02T12:15:22.907-03:00Em 2023...<div style="text-align: justify;">... Meu filho e eu entramos juntos no Rio Tietê. Dias depois, ele me presenteou com a seguinte obra de arte, que retrata com precisão um dos nossos momentos dentro do rio. Ele, festejando de braços abertos, jogando água e barro para todo lado, e eu, sentado, observando a alegria dele e tentando evitar engolir a água do rio. Um retrato fiel, e um preciosíssimo tesouro.<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9n33zeszQupyapXEhEFRakI8pPAFCluki_YbFtiMVdEjx1tY2XTfWvEXDibBM12whj2XhLypCUbl4de4O9T_QEJn8F4y4TaJA-FR7GI6QeKSmfvUx7CYnEr1qWmIZwMi2meXTlkYSe9wRfIo2jK31c2OAhdhbzz-S-O-gDV11-rqSUEswjqYz_nnzHJc/s499/No%20Tiet%C3%AA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="175" data-original-width="499" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9n33zeszQupyapXEhEFRakI8pPAFCluki_YbFtiMVdEjx1tY2XTfWvEXDibBM12whj2XhLypCUbl4de4O9T_QEJn8F4y4TaJA-FR7GI6QeKSmfvUx7CYnEr1qWmIZwMi2meXTlkYSe9wRfIo2jK31c2OAhdhbzz-S-O-gDV11-rqSUEswjqYz_nnzHJc/w400-h140/No%20Tiet%C3%AA.jpg" width="400" /></a></div><br />Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-73616748550426105872024-01-01T12:43:00.004-03:002024-01-01T15:44:07.125-03:00Feliz 2024!<p style="text-align: justify;">Que nunca nos faltem as palavras, as boas palavras, e as belas igualmente. Para ouvir ou para compartilhar. Que elas venham, nas vozes daqueles que mais prezamos, e estejamos sempre aptos a aceitá-las. Que elas saiam, fáceis ou difíceis, mas que saiam, e levem embora, nas ondas de sua música, qualquer peso que carreguemos, voluntária ou involuntariamente, sobre nossos ombros cansados.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-76910626488440525892023-12-31T20:17:00.004-03:002023-12-31T20:20:46.249-03:00Número 100<p style="text-align: justify;">Esta é a centésima postagem neste blog. Tudo bem, ele fica bastante tempo parado, mas nunca cogitei, nem cogito, parar de escrever por aqui. Muito pelo contrário, pois como dizia minha primeira postagem feita lááááá atrás, Dolmexica é o coração. No caso, o meu coração. Então, tudo o que for pessoal demais para as redes sociais continuará vindo pra cá. Além disso, estou ficando cada vez mais velho, e, consequentemente, cheio de manias. E o blog é mais uma destas manias que adoro preservar. Não vou prometer escrever mais, nem menos, daqui para a frente. Só prometo - para quem hoje é o principal público-alvo do que escrevo, eu mesmo - só prometo que Dolmexica continuará por aqui, e ele continuará recebendo coisa nova enquanto eu viver ou enquanto o Blogger existir. Leve o tempo que levar, mas que venham a ducentésima, a tricentésima e a milésima postagens! A gente chega lá!<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-11569192695379083882023-09-10T20:34:00.006-03:002023-12-23T07:31:20.887-03:00... E mais saudades.<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Ecps42Yfv3AlHpAc2O49_S3bMVrsGRGW3074emMxqDRLTwjlT4xKDke0ErhyphenhyphennQsx9T5AN6LfGtBgDNLrMOGcmJrQ9xi3-FaQD5BcdyAXArSi3wfQO1zCqMdIUXFdHnSTmKtNk4Zx6KlMsv-fVAGNFiD1mTjB6yUWV5t87Wk_A5U9qUUHBaD2B7UFo_Y/s1152/Max.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="864" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_Ecps42Yfv3AlHpAc2O49_S3bMVrsGRGW3074emMxqDRLTwjlT4xKDke0ErhyphenhyphennQsx9T5AN6LfGtBgDNLrMOGcmJrQ9xi3-FaQD5BcdyAXArSi3wfQO1zCqMdIUXFdHnSTmKtNk4Zx6KlMsv-fVAGNFiD1mTjB6yUWV5t87Wk_A5U9qUUHBaD2B7UFo_Y/s320/Max.jpeg" width="240" /></a></p><p>Há dez anos eu perdi meu gigante amigo Max. <br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-818502478401750352023-09-10T20:32:00.007-03:002023-12-23T07:32:58.468-03:00Saudades...<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifRGQU0_MCri_RJXlGbdyZCl9kw-1T6ETMkF-Y6E9xTu6YNhnyX_4ktQHec_C1EjvSamap9Rn1uwcuy0tbIGnsVS1vWvIXsTSiRrmtTMW0a4DVecBrnyJBFyFVhzml3VBWoBmBsiguJmulVRhozQc7-uuljWfqnXS8-u47RZsbwAe7xDa1XShpOAyswIo/s1152/Fred.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="864" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifRGQU0_MCri_RJXlGbdyZCl9kw-1T6ETMkF-Y6E9xTu6YNhnyX_4ktQHec_C1EjvSamap9Rn1uwcuy0tbIGnsVS1vWvIXsTSiRrmtTMW0a4DVecBrnyJBFyFVhzml3VBWoBmBsiguJmulVRhozQc7-uuljWfqnXS8-u47RZsbwAe7xDa1XShpOAyswIo/s320/Fred.jpeg" width="240" /></a></p><p>Há dez anos eu perdi meu pequeno filhote Fred.</p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-55841956006302823152023-01-05T16:06:00.003-03:002023-01-05T16:23:53.982-03:00Explicando o prêmio "Board Game do Ano":<p style="text-align: justify;">Diferentemente do prêmio "Game do Ano", que é mais uma maneira de reforçar minha memória futura quanto a bons momentos vividos com um videogame do que uma premiação por méritos técnicos ou artísticos propriamente dita (mas se merece ser lembrado, com certeza o jogo não carece de tais méritos!), o prêmio "Board Game do Ano" concedido pelo blog Dolmexica tem natureza menos emotiva.<br /><br />Para conquistar tamanha honraria (se cuida, Spiel des Jahres!), o board game, avaliado segundo o tema e a mecânica e como eles se relacionam e entregam a experiência mais adequada ao público-alvo do jogo, deve ser a primeira edição de um lançamento nacional, ou seja, um produto brasileiro inédito, ou uma tradução inédita de um jogo estrangeiro. Jogos parcialmente traduzidos não competem. Todos os tipos de jogos de mesa competem: tabuleiro, cartas, RPGs, wargames. Não importa qual tenha sido o canal pelo qual o jogo foi lançado: jogos lançados através de lojas de brinquedo, livrarias, pela internet, pelo Catarse, print & play, todos competem. Resumindo, o "Board Game do Ano" realmente é o board game do ano. É o lançamento mais impressionante e divertido - aquele que passará menos tempo ocioso nas gavetas dos jogadores e dos colecionadores.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-49621043846529050552023-01-04T15:10:00.002-03:002023-01-04T15:12:22.815-03:00Board Game de 2022:<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFlu-LzK9VbWVRZFhDUdwOEev5aHgyqtXb9MHvyzaav2VJ2HjP6E2Xz8XgcUKWrapk9yjnXjtEoJfkN1-HZ8x6hYe9j-lGT4mgJ8JJW9RN8jG83ey7tLTIL0OeAMt4Ky8eVXuJSspBMb8eUZREZcjd6E7xUSMIAYMbCxETWMJuUgYo2ElwhJ6UKHxH/s1000/bravo.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFlu-LzK9VbWVRZFhDUdwOEev5aHgyqtXb9MHvyzaav2VJ2HjP6E2Xz8XgcUKWrapk9yjnXjtEoJfkN1-HZ8x6hYe9j-lGT4mgJ8JJW9RN8jG83ey7tLTIL0OeAMt4Ky8eVXuJSspBMb8eUZREZcjd6E7xUSMIAYMbCxETWMJuUgYo2ElwhJ6UKHxH/s320/bravo.png" width="320" /></a></p><p></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-8505391797608517552023-01-03T14:52:00.004-03:002023-01-03T14:57:12.765-03:00Explicando o prêmio "Game do Ano":<p style="text-align: justify;">Quem acompanha este blog ou está fuçando as postagens antigas dele, percebeu que todo Janeiro eu nomeio um videogame como o mais importante do ano que o precedeu. E, provavelmente, percebeu também que nem sempre o jogo em questão é um lançamento.</p><p style="text-align: justify;">Na verdade, o prêmio "Game do Ano" é apenas um lembrete para mim mesmo, um reforço para a minha memória, para que, quando eu voltar às páginas antigas de minha vivência através do Dolmexica, ela consiga reviver os momentos mais divertidos em frente a uma televisão ou a um computador, ou talvez até olhando para um telefone celular, pelos quais passei nos momentos mais diversos.</p><p style="text-align: justify;">Sendo assim, o "Game do Ano" não precisa ser um lançamento. É o "Game do Ano" para mim, e para ninguém mais. Não precisa nem mesmo ter sido um game inédito para meus dedos ansiosos. No caso do game de 2022, por exemplo, a escolha foi por um jogo que eu já havia terminado outras vezes, mas o ineditismo aqui residia no fato de que, entre os meses de Maio e Julho do ano passado, eu terminei ele pela primeira vez acompanhado de meu filho.</p><p style="text-align: justify;">Resumindo, os jogos premiados são, na verdade, os jogos que me premiaram... Com histórias divertidas de contar, músicas gostosas de cantarolar, imagens difíceis de esquecer, quebra-cabeças que continuarão a assombrar, e risadas, e raiva, e alegria, e troca de controles, e aquela relação player 1-player 2 que sequer precisa de um multiplayer para acontecer. Basta esta paixão pela arte interativa que, felizmente, muitos compartilham comigo. Os "Games do Ano" aqui eleitos não são meros tesouros, são os tesouros que eu escolhi mostrar para os futuros eu. Para mim, um prêmio e tanto.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-73223124415364265932023-01-02T13:00:00.009-03:002023-01-02T13:13:19.150-03:00 Game de 2022:<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRR2rouGSo3Nq64g0bwtf5X6Q8jx8HrIlMqj3Gd67gi_wf2bJU6FlrrLbifh7blG9Tfpj9YOzzNAsXnlL0HYBL0LschHHJ_jaATpc0gC9c2GmMXQJ16hx3hTpcJ17gOf0oX4hL94M5bhsRR0tHsfS-e0D3NI6hhkdDmfdTqPpA_M5ueAHkcG1sSjns/s480/m64.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDaWJc3uSFc4oU3BoIhxciD6pWzpGs9k2DsS2kUrDQyv8BHOAz8EkIl0hyIgWbEaPNkMCEm1M93k8AJ4dHvX24u2jJgBuXmI1eCQ7HlEKlGv8xS-j_xgiiyCR7wH8P2jlIg9S8_ZlpE40L3yk-0tlFvLb7kjH_zc6Vfxp43acHh7yPrGjPOS4fyNqC/s480/m64.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDaWJc3uSFc4oU3BoIhxciD6pWzpGs9k2DsS2kUrDQyv8BHOAz8EkIl0hyIgWbEaPNkMCEm1M93k8AJ4dHvX24u2jJgBuXmI1eCQ7HlEKlGv8xS-j_xgiiyCR7wH8P2jlIg9S8_ZlpE40L3yk-0tlFvLb7kjH_zc6Vfxp43acHh7yPrGjPOS4fyNqC/w320-h240/m64.jpg" width="320" /></a></div><br />Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-72193506127345239102023-01-01T17:47:00.004-03:002023-01-01T17:47:43.438-03:00Feliz 2023!<p style="text-align: justify;"><span> </span>Muita leitura e muita escrita para todos, num mundo de ideias e palavras sempre livres - inclusive livres de nós mesmos. Muita paz e muita saúde também, porque tais clichês são indispensáveis à liberdade. E muito amor, seja da família, dos amigos, dos animais de estimação... Enfim, um feliz 2023!<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-55282811736233851412022-02-06T19:24:00.000-03:002022-02-06T19:24:09.144-03:00Board Game de 2021:<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiZVEU5SJTygVnfsmZRpdVfgXU6zH3NLdx5tPYc2LmiJ20W5eXiS6cCaLSShQ7L77DBRmq7qKFjHBhrRxxDYUVEU4R_76hdPGYcuHWZqeNEbQtocgWgapiCFoF_N5HYb1e1DbH3M5GQ5GrTflnT1EVAls3a9STg-tOjGrPEVIWkB_NzvUcLrCUgSn2K=s320" width="320" /><br /></div><br />Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-71003692642949607682022-01-30T20:05:00.001-03:002022-12-26T08:22:59.717-03:00Amor à Primeira Vista<p style="text-align: justify;">Quando criança, amava viajar para a casa de meu tio com meus avós para jogar video game e montar LEGO. Minha prima tinha um Master System, enquanto eu não tinha console algum. Ela também tinha sets lindos do bloco de montar mais famoso do planeta. Eram casas, carros, barcos, todos naquele estilo aconchegante que os modelos dos anos 1980 exibiam. Em cada uma das manhãs de cada um dos dias daquela semana que só acontecia uma vez por semestre, eu contava as horas para acordar e começar a brincadeira.<br /><br />Foi meu tio quem me apresentou várias coisas das quais sou fã até hoje. Além do Master System que já citei, e, obviamente, dos jogos da Sega, foi ele quem me apresentou o personagem Astérix dos quadrinhos franceses. Foi ele quem me apresentou o Sítio do Pica-Pau Amarelo de Monteiro Lobato. Foi ele quem me apresentou o hóquei de ar. E foi meu tio quem me apresentou aquele que me abriria os olhos para como jogos de tabuleiro podem ser emocionantes, proporcionando experiências que nenhuma outra mídia pode proporcionar.<br /><br />Certa tarde, ele conseguiu reunir toda a família ao redor da mesa e, julgando que todos ali já tinham atingido idade adequada para tornarem-se estrategistas militares, desceu o seu War de cima do guarda-roupas, abriu a caixa, montou o mapa, e minha boca começou a salivar. Empolgadíssimo, recebi meus territórios e meus exércitos como se realmente estivesse supervisionando minhas tropas que marchavam para minha inspeção em minhas terras, que governava com inteligência e punhos de ferro.<br /><br />Lembro que a partida durou horas, a tarde toda. Não fiquei entediado nem por um segundo. Assistia aos embates entre os outros generais com a mesma empolgação com que rolava meus dados. Tudo era verdade. As batalhas, os territórios, as missões. A estratégia tinha que ser muito bem planejada, as vidas de meus soldados estavam em minhas mãos! Ainda assim, aceitei a derrota quando ela veio. E olhei para o mapa uma última vez naquela tarde, analisando quais territórios haviam sido anexados pelo vencedor, imaginando que tipo de realidade os cidadãos dele viveriam a partir de agora. E lá se foi o tabuleiro para o guarda-roupas. E cá veio uma vontade enorme de viver outras emoções... Naquele Interpol, como será perseguir o Mr. X? E neste Combate, quem será o último a cair? Nascia uma paixão.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="721" data-original-width="1061" height="280" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhRPQftjG_7i6xP2kiWYHhMxJUn9lIiaNUyRfmmici0rdE54RRPhFvUt6oBLtrDciFc1-CRcF1rHtKBYSX-10us3LpcxDJHPtX-BQbLVFLAb-dSHCnrkRyQIO1IIodfbyr_3zJGoWJwXipsLl6lGPNPnovW8ecH-LPeWyLugWRiuBWwPlCHzKb4sYj3=w413-h280" width="413" /></div>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-4711057390513866832022-01-20T20:30:00.001-03:002022-01-20T20:30:46.290-03:00Como a Internet Fez do Cinema Pipoca um Poço de Mesmice<p style="text-align: justify;">Antes da virada do século, a informação seguia por vias mais lentas, bem mais lentas, do que aquelas que percorre hoje. Tínhamos revistas impressas, jornais impressos, telefones. Se um filme era sucesso, o boca-a-boca fazia com que ele permanecesse semanas nas salas de cinema. Se fosse ruim, levava um tempo até a galera conseguir explicar o porquê, pois os ouvidos estavam atentos, mas as vozes críticas nunca chegavam a tempo... E, ainda que chegassem, ou quando chegavam, já estavam distorcidas por números de bilheteria e decisões da mesa de diretores dos grandes estúdios.<br /><br />Sim, estes mudavam os rumos de suas séries mais lucrativas segundo as opiniões do grande público. Mas como a informação chegava até eles na palavra pasteurizada dos críticos dos grandes veículos de imprensa, as mudanças eram igualmente pasteurizadas. Batman Returns lucrou pouco porque era demasiadamente sombrio? Então Batman Forever será super colorido, mas toda a narrativa dos filmes anteriores será mantida.<br /><br />Hoje, a informação é imediata. A internet nos deu este poder. Se um filme é bom, ou se um filme é ruim, sabemos no dia do lançamento. Ou melhor, sabemos um dia antes, logo após as prévias. O problema é que bom e ruim são qualidades subjetivas - especialmente quando tratamos de narrativas, de filmes, de arte em geral. Claro, a crítica especializada pode nos dizer se um filme é tecnicamente bom, se tem um roteiro bem trabalhado, uma fotografia que casa com este roteiro, uma trilha sonora que não atropela esta fotografia, uma direção de atores que não desmente esta trilha... Mas isto não significa que todos irão gostar do filme em questão. Ou seja, ele não será bom para qualquer um. O público menos culto pode igualmente ir à loucura com uma continuação muito desejada que seja tecnicamente sofrível, mas que entregue justamente aquilo que os pagantes queriam. É filme ruim? Para o crítico, sim. Para quem saiu contente da sala de cinema, não.<br /><br />Quando o grande público abomina um filme, a internet grita. Balança. Sacode. Os engravatados dos estúdios sentem-se até intimidados. Instantaneamente. Não no dia do lançamento do filme no qual investiram dinheiro e suor, mas um dia antes. O dia de ontem. O filme já é um fracasso antes de sair. Começam as demissões, os replanejamentos, as mudanças de foco. Afinal, cinema pipoca é isso: sede de sequência. Sequência is money.<br /><br />Ok, a série muda de rumo, as sequências agradam a todos, todo mundo sai ganhando. Certo? Aparentemente sim, mas na verdade existem duas vítimas aí: a arte e o autor. No mundo da informação instantânea, e do cinema pipoca bilionário, um twitter ou um youtuber influentes podem destruir anos de planejamento de um autor dedicado, que traçou uma narrativa pronta para abranger vários filmes, num crescendo de emoções que vai transformar os personagens de maneira relevante. Quando esta narrativa tão tenazmente trabalhada gera polêmicas, a série é reformulada ainda em andamento, o autor perde sua voz, e a obra que poderia ter grandes méritos artísticos esvai-se numa poeira de mediocridade. Testemunhamos dois casos grandiosos onde tal fato ocorreu, ambos com consequências desastrosas: o DCEU com sua Liga da Justiça e Star Wars com seu Episódio IX. <br /><br />No caso do DCEU (Universo Expandido DC Comics), o diretor Zack Snyder estava à frente de todos os principais episódios da saga, mas entregou um segundo capítulo tão violento e complexo, que o estúdio o afastou do terceiro capítulo, o filme da Liga da Justiça. Em 2017, estreou uma aberração que pouco tinha de Snyder e pouquíssimo tinha dos filmes anteriores. Uma minoria conseguiu fazer tanto barulho que a versão do diretor saiu em 2021, mas o estrago estava feito. O que poderia ter sido o primeiro filme bilionário de super-heróis com um protagonista negro acabou com tal protagonista reduzido a poucas cenas e uma narrativa sem pé nem cabeça. A versão de 2021 é ~o filme~ do ano passado, e um dos melhores filmes de super-heróis já lançados. A versão de 2017 fez o DCEU transformar-se numa cópia sem-vergonha do Universo Marvel.<br /><br />No caso de Star Wars, Rian Johnson preparou um Episódio VIII corajoso, inspirado e completamente inovador. Enquanto o episódio anterior encostava na nostalgia e nela repousava tranquilamente com um cobertor de dólares verdinhos, o episódio de Johnson transformava velhos protagonistas em idosos amedrontados e um universo de conforto num festival de surpresas, e, assim, colocava uma mitologia inteira em perspectiva. Não é um filme perfeito, mas seu valor artístico é inegável. Um grupo de fãs da saga com uma visão bem estreita do que pode ser aceito como Star Wars fez um barulhão tremendo, a bilheteria sofreu um baque e o resultado é o nono episódio, que, novamente usando do fator nostalgia como muleta, entregou uma narrativa que ignorava os avanços do filme de Johnson e que, por isso, acabava completamente insossa e ilógica.<br /><br />O meu conforto é saber que nada é para sempre. Que as coisas vão mudar. Que isto é uma fase, uma fase cujas nuances os grandes estúdios ainda estão penando para controlar. Não vão controlar, mas poderão compreender. E o primeiro passo para isso é fazer o impensável: dar um pouco de costas para o grande público e deixar que os artistas trabalhem. O Liga da Justiça de Snyder prova que a visão do artista nunca será superada pelas ideias de um grupo de poucos produtores, ou por ideias de um grupo de muitos acionistas, sequer por ideias de um grupo de número infinito de fãs. Estas séries, com estes grandes nomes, aguentam uma ou duas derrapadas, talvez até mais. Elas aguentam, financeiramente falando, pois possuem números absurdos de públicos fiéis. Não valem o sacrifício de um artista, mas quando os estúdios permitirem que sejam veículos de expressão individual, além de veículos para lucros infindáveis, eles mesmos, os estúdios, é que sairão ganhando, pois estarão construindo mais do que séries bilionárias: estarão construindo um legado de qualidade que gerará a venda de cópias em DVD, Blu-Ray, streaming, e seja lá o que mais, até que esteja findo o planeta Terra, ou até mesmo depois disso.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-25138852668373254942022-01-02T12:58:00.000-03:002022-01-02T12:58:05.566-03:00Game de 2021:<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOTeHYEA8XSB42iPNb0QWwbLmMB9zgGJVcD5Z6NXhkpDNjLpBkYXB69Skm7opb2mWGB70fguhUACCrBMg-L1eebmGueBOxBjj_RvloYrpyGxa_8E7sQynWoU8MjjMIH7faaNNrK0iaxKkX1wBxRh8UbxMweQFu98d9L-1ihu55q6_UNVxB6gLFGT6o=s248" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="192" data-original-width="248" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgOTeHYEA8XSB42iPNb0QWwbLmMB9zgGJVcD5Z6NXhkpDNjLpBkYXB69Skm7opb2mWGB70fguhUACCrBMg-L1eebmGueBOxBjj_RvloYrpyGxa_8E7sQynWoU8MjjMIH7faaNNrK0iaxKkX1wBxRh8UbxMweQFu98d9L-1ihu55q6_UNVxB6gLFGT6o=w336-h260" width="336" /></a><br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-43152870509137302952022-01-01T10:08:00.000-03:002022-01-01T10:08:13.172-03:002022<p>Que, além de paz e saúde, todos tenhamos tempo de sobra para nossos hobbies mais queridos. No meu caso, muito Atari e muito Master System.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-55245720278139693492021-12-25T17:21:00.000-03:002021-12-25T17:21:14.655-03:00Liebe<p>Se até Fausto aprendeu, quem é que não conseguirá?<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-88902687744359685072021-11-03T19:58:00.002-03:002021-11-03T20:00:11.131-03:00Professor versus Aluno<div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">O dragão respira</div><div style="text-align: left;">Palavras indignadas.</div><div style="text-align: left;">O orador espera</div><div style="text-align: left;">Ouvido enamorado.</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">O dragão transpira<br /></div><div style="text-align: left;">Histórias fabricadas.</div><div style="text-align: left;">O ouvinte supera<br /></div><div style="text-align: left;">Tédio disfarçado.</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">O disfarce entrega</div><div style="text-align: left;">Sorrisos montados</div><div style="text-align: left;">Com a perfeita colagem</div><div style="text-align: left;">De dentes reformados.</div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">O disfarce intriga</div><div style="text-align: left;">Olhares consumados</div><div style="text-align: left;">Pela perfeita clonagem</div><div style="text-align: left;">De entes mal amados.</div>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-12277065415616519972021-11-01T18:14:00.000-03:002021-11-01T18:14:39.477-03:00Grilhões<p style="text-align: justify;">Uma estante. Alguns livros. Uns DVDs. Uns videogames. Coleções. Muitos passados. Um presente de muitos presentes. Nenhum futuro: outros dias para consumir. E consumiremos. E não criaremos nada além de plástico no mar e suspiros no ar. Suspiros no ar, peso sobre os pulmões, poeira na alma, grilhões. Os fantasmas sequer vêm nos visitar, eles ainda vivem entre nós. E não há meio de redenção, não há túmulos a nos encarar, nenhum charuto aceso em nosso inacabável velório pré-fabricado na China, montado na Zona Franca de Manaus e embalado em São Paulo, pela filial brasileira de uma grande multinacional multifacetada multitarefa multimídia, multidão de multidões. Nem mesmo os advogados estão lá lendo nossos testamentos, porque já não sabemos morrer, os fantasmas entre nós não irão nos ensinar esta lição, que estava na última página do último capítulo do último livro da última série do último escritor do último país do último planeta que existiu. Que ainda existe, na verdade, e como ele ainda existe, não passou à condição de particípio passado, os fantasmas não irão nos ensinar porque não é possível, estamos ainda esperando a manufatura do fim. O fim que nunca começa, de um começo que nunca começa. Tudo é continuação. Fora, fantasmas! Vocês são Coca-Cola, são Red Bull, são Nike, são Ford, são Mercedes-Benz, são Gucci, são Marxistas, são Olavistas, são Católicos, são Umbandistas, são Nintendistas, são Romero Britto, são Steven Spielberg, são Tim Burton, são Disney+, são HBO Max, são Orgânicos, são Sadia, são Petrobrás, são Shell, são Americanas, são Pernambucanas, são WalMart, são Twitter, são Facebook, são Pautas Identitárias, são Liberdade de Expressão, são Stephenie Meyer, são J.K. Rowling, são América, são Europa? Não! Fora, fantasmas! Queremos continuar o que não começamos, o que não acabaremos. Outra sequência, por favor.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-61676931366280790792021-10-30T12:26:00.004-03:002021-10-30T12:52:37.855-03:00White Houses<p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho duas faces,</p><p style="text-align: left;">Um mundo ao norte,</p><p style="text-align: left;">Um forte ao sul,</p><p style="text-align: left;">Nenhum espelho</p><p style="text-align: left;">Sob o céu azul.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho medo da morte,</p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: left;">Tenho medo do tempo,</p><p style="text-align: left;">Tenho medo da sorte,</p><p style="text-align: left;">Tenho tudo o que precisa</p><p style="text-align: left;">Um ser humano forte.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho um Face,</p><p style="text-align: left;">Um mundo ao norte,</p><p style="text-align: left;">Um forte ao sul,</p><p style="text-align: left;">Nenhum amigo</p><p style="text-align: left;">Sobre o fundo azul.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho dois backups,</p><p style="text-align: left;">Tenho duas HDs,</p><p style="text-align: left;">Tenho duas casas,</p><p style="text-align: left;">Tenho tudo o que precisa</p><p style="text-align: left;">Um inseto sem asas.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho uma memória,</p><p style="text-align: left;">Um mundo ao norte,</p><p style="text-align: left;">Um forte ao sul,</p><p style="text-align: left;">Nenhuma história</p><p style="text-align: left;">De sangue azul.</p><p style="text-align: left;"> </p><p style="text-align: left;">Tenho pouco dinheiro,</p><p style="text-align: left;">Tenho pouca saúde,</p><p style="text-align: left;">Tenho pouco sucesso,</p><p style="text-align: left;">Tenho tudo o que precisa</p><p style="text-align: left;">Um retrato impresso.</p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-89556445474884959222021-10-04T09:05:00.000-03:002021-10-04T09:05:16.756-03:00Está Encerrada a Era Daniel Craig em James Bond<p style="text-align: justify;">Pouco antes do lançamento de Quantum of Solace, o segundo filme - do que seria uma série de cinco - estrelando Daniel Craig como o agente secreto britânico James Bond 007, escrevi sobre como me atraía a ideia de que os produtores da franquia estão mais atentos à continuidade entre os longas do que em eras passadas.</p><p style="text-align: justify;">Os filmes de Craig acabaram evoluindo, por inúmeras razões internas e externas à produção de cada um deles, para uma única narrativa: uma grande história dividida em cinco capítulos. Por um lado, foi interessantíssimo, atraiu muitos fãs novos. Por outro lado, foi um tanto quanto alienante, afastou muitos fãs antigos. Eu mesmo, contrariamente ao que sentia no começo, aquele sentimento positivo que expressei aqui neste blog quanto à direção da narrativa, acabei me importando menos e menos com a continuidade e mais com a qualidade geral de cada um dos filmes a cada novo lançamento.</p><p style="text-align: justify;">A trajetória foi bastante acidental. Casino Royale era uma introdução. Quantum of Solace a sequência imediata e mal planejada ao sucesso crítico aparentemente inigualável do primeiro. Foi um tropeço. Foi necessário voltar ao estilo de Casino Royale. Veio no corpo de uma obra de Sam Mendes, uma grande obra, mas muito influenciada pelos filmes de super-heróis, a coqueluche dos anos 2000 e 2010. Casino Royale também tinha um pouco de tais filmes, mas Skyfall foi muito além, dando a James Bond uma vida fora do Serviço Secreto (!). Spectre, o quarto filme, e uma obra de arte como o antecessor, chegou ao que parecia o extremo da influência das HQs, dando a Bond um antagonista que ~quase~ divide com ele laços de sangue (!!). Por fim, No Time to Die abraçou o inimaginável, ao completar o arco de "Craig Bond" criando a Bond-família (!!!).</p><p style="text-align: justify;">Em resumo, digo que, ainda que sejam cinco grandes filmes, em uma série cuja narrativa poucas vezes deixa a peteca cair, é estranho demais ver técnicas da literatura pré-adolescente, que engloba os quadrinhos de super-heróis e seus derivados, aplicadas a James Bond. Sim, é certo que parte desta estranheza foi proposital, os filmes foram feitos para nos impressionar. Mas não foram poucas as vezes em que, entre as muitas linhas de texto proferidas por grandes atores ao longo da jornada, surgiram falas que, penso eu, nunca sairiam de uma pessoa destruída como Bond. E, em certos momentos, houveram também certas *ações* que nunca viriam de um profissional como Bond. Como no último filme: será que ele desistiria mesmo? De Madeleine? De tudo? Uma grande série, que, como quase todas as grandes séries, não conseguiu entregar um final satisfatório.</p><p style="text-align: justify;">Pois filmes são acidentes. As equipes que os produzem têm que lidar com problemas de todo tipo da pré-produção à pós-produção. Os problemas exigem mudanças de roteiro, às vezes mudanças de última hora. O mundo real também influencia. A idade do elenco, as realidades políticas, os outros sucessos que dividem as salas de cinema, uma pandemia, a história e o peso de um personagem clássico, os planos pessoais de cada membro da equipe, tudo altera um roteiro. E este talvez seja o maior problema dos filmes sequenciais, eles estão sujeitos a ainda mais e maiores imprevistos que os demais filmes para conseguirem entregar o que prometem. Sendo assim, torço para que o próximo James Bond seja sequencial, mas nem tanto. Arte em primeiro lugar, lógica apenas se e quando possível.</p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-33896656127378894942021-09-05T19:13:00.003-03:002021-09-05T19:13:42.155-03:00Se o Tempo não pode parar nem por Você, Nós brincamos. <p style="text-align: justify;">Meu filho tem 3 anos de idade. Ontem, era bubu. Hoje é ônibus. Ontem era bubu. Hoje é caminhão. Ontem era auau. Hoje é cachorro. Ontem era miau. Hoje é gato. Ontem era papai. Hoje é pai. Sempre serei Pai. Você brinca. Você é pai. Você liga o caminhão. <br /></p><p style="text-align: left;">- O que você quer assistir? <br />- Caminhão!<br /></p><p style="text-align: justify;">Eu quero ir para um lugar. A vovó já acordou? Ó: a lua está no céu, a vovó está dormindo. A lua sumiu, a vovó já acordou. O Sherlock tá na casa dele? Ontem era vovó. Hoje, vez ou outra, é vó. Vem, vó, vem. Vem, pai. Vamos escorregar. Ó, aí mamãe vai trabalhar, aí você fica com o papai. Hmm, eu adoro brincar com você. Você é legal. A mamãe é legal. O Sherlock é amigo. O Jimmy é amigo: não fica bravo com ele, ele é amigo. Não fica brava com o papai, ele trabalha muito!<br /></p><p style="text-align: left;">- Eu quero leite!... Tá quente!... Tá frio!... Não, não é assim! Tá ruim!... Eu quero deitar.<br /></p><p style="text-align: justify;">Tem que esperar a mamãe. Você dorme aí na sua cama, eu durmo na minha. Boa noite, papai. Amanhã a mamãe vai trabalhar, amanhã você brinca. Não vai tomar banho, eu quero brincar!<br /></p><p style="text-align: justify;">Você tem 3 anos de idade. Hoje, você brinca. Amanhã, você será você. Amanhã, você ainda brinca... E, assim, eu ainda brinco: brinquemos tranquilos. Brinquemos sem que o Tempo impotente nos perturbe jamais.</p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2870434346420984389.post-36395899132651548412021-08-27T11:43:00.001-03:002021-08-27T11:45:26.069-03:00O Sonic Team hoje<p style="text-align: justify;"></p><p style="text-align: justify;">Há pouco mais de dez anos atrás, perguntei neste mesmo blog qual seria o futuro reservado ao estúdio Sonic Team, a parte da editora Sega que é responsável pelos games da sua mascote Sonic the Hedgehog. Na época, o estúdio estava prestes a lançar Sonic the Hedgehog 4, que prometeu trazer de volta à série o estilo de jogabilidade próprio do primeiríssimo lançamento da franquia, ou seja, plataforma com progressão 2D lateral, da esquerda para a direita. O jogo prometeu, mas não cumpriu. Ele apenas adaptava a jogabilidade dos games tridimensionais da série, sua mecânica de pulos teleguiados, à visão lateral com movimentação bidimensional. Ou seja, tinha pouco dos clássicos. </p><p style="text-align: justify;">Seria o fim para o Sonic vintage? Parecia que sim, mas a realidade estaria longe disso. Talvez graças ao sucesso dos inúmeros fan-games, sempre remetendo aos jogos antigos, o porco-espinho azul voltaria, gordinho e baixinho, ao lado de sua versão moderna magricela de olhos verdes, em Sonic Generations, feito pelo próprio Sonic Team, e, alguns anos depois, sozinho no inacreditavelmente bem-sucedido Sonic Mania, que praticamente todo mundo adotou como o verdadeiro Sonic 4.</p><p style="text-align: justify;">Assim, um jogo concebido por estúdios pequenos, chefiados por fãs de longa data do protagonista, acabou parte do cânone, enquanto que os jogos oficiais... Pararam. Com as vendas de Mania, os lançamentos 3D desaceleraram até desaparecer dos calendários semestrais ou anuais de lançamentos que as grandes editoras tanto gostam de revelar e de hypear. Diz-se que, na Sonic Team, preparam-se novas investidas retrô pelas mãos daqueles que devem capitanear a franquia a partir de agora: seus admiradores.</p><p style="text-align: justify;">Já o estúdio cujo nome carrega mais que o espírito sônico deve concentrar-se nas versões online da série Phantasy Star, que finalmente decolaram no ocidente e prometem continuar fazendo dinheiro. O futuro parece melhor hoje do que parecia há dez anos, seja para o Sonic Team na função de programador de estrelas fantásticas, seja para o Sonic Team na função de produtor de aventuras velozmente azuis e bidimensionais.<br /></p>Mateus Fedozzihttp://www.blogger.com/profile/06646633873115179197noreply@blogger.com0