Numa classe do Ensino Médio, pedi a meus alunos para que criassem poesias. A melhor viria para meu blog. Eis a escolhida:
As Coisas
As coisas são para a mente,
As coisas vêm da Bolívia,
Algumas até que aliviam...
As coisas são para a gente.
As coisas que a gente vivia
Têm para ateu e para crente,
Desse jeito sou vidente...
As coisas passam pela via.
Coisa, coisinha, coisera,
Vem em pó, líquido ou cera...
Faz daquilo que se esqueça.
Coisa, coisinha, coisera,
Adrenalina até na veia...
Vou aliviar minha cabeça.
Brisados: André Van Halen, Junin Piqueno e Maurilio Batista Junior
quarta-feira, 17 de junho de 2009
sábado, 13 de junho de 2009
Não jogue fora
Coleciono videogames já há 13 anos. O colecionador é uma pessoa esquisita, não? Dedica tempo e dinheiro em algo que não tem valor para a maioria das pessoas "normais". E, por isso, ele próprio é uma pessoa de muitíssimo valor. Vejamos: o que faz um homem que coleciona selos? Resposta: ele preserva a memória dos seus na forma de pequenos quadradinhos de papel. No futuro, quando outros virem a coleção de selos do colecionador, então já há muito falecido, terão a leitura de muitos aspectos da sociedade na qual o colecionador viveu. Os hábitos, as crenças, as lendas, os medos, tudo através de pequenas figuras em pedacinhos de papel.
Para que isso aconteça, no entanto, é necessário que a coleção sobreviva à morte do colecionador. É necessário que seus descententes, ainda que não queiram dar sequência ao hobby, preservem o que foi adquirido. Ou então que passem adiante para aqueles que demonstrarem convincente senso de preservação.
O colecionador, por sua vez, enquanto vivo, não pode virar as costas a produtos que não estejam em bom estado. Saibam disso, leitores: tudo tem conserto. Existem pessoas e pessoas com habilidade e amor suficientes para restaurar aquela nota de cinco centavos da Nicarágua que está rasgada, tirar a mancha daquele selo comemorativo ou fazer a bateria do cartucho Super Mario World voltar a salvar seus jogos.
Então, aconteça o que acontecer, não jogue fora. Dê, venda, troque, não importa o estado. Mas nunca, em hipótese alguma, jogue fora. NÃO JOGUE FORA.
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